17/03/2010

Behind Every closed door Lurks the Elephant Man

Curioso como passamos por portas que nunca chegamos a abrir. Como pode o homem viver com a consciência de uma possibilidade que se perdeu? Pior: como pode o homem continuar a ignorar as portas eternamente fechadas? Quantas amizades não se perdem na apatia da rotina? Quantos amores nunca chegam a ser, pela simples falta de um sorriso? Porque preferimos a eterna agonia de nossos dramas pessoais ao simples ato de se deixar enxergar uma nova face do todo?

O fato é que há novas portas onde quer que se procure por elas. Do outro lado estão os sonhos e as possibilidades infinitas. Um grande talento, uma grande viagem, a mulher que passa, linda, e que é, pelo que se vê através da fechadura, a alma gêmea. Mas a porta, enquanto fechada, é sólida, intransponível, e nos mantém na eterna inércia de um corredor fácil e certo. Morbidamente certo; e fácil, como esperar indiferente por um trem cujo destino desconhecemos.

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Esse texto saiu desse desenho.

2 comentários:

  1. interessantissimo que o texto tenha fluido do desenho, e não o contrário :)

    concordo que ficar na monotonia de não abrir as portas do desconhecido é, realmente, um pouco de covardia.

    mas portas fechadas tem que passar...porque a insaciedade é uma doença...

    sei lá...falo de mim nesse caso....tive que reaprender a curtir satisfação e limites...por sorte tô tendo um baita sucesso !( no meu ponto de vista, claro rsrs).

    mas é um papo infindo...será que tem numero ideal de portas novas por período de tempo? rsrsrs pensa numa fórmula ideal aí...

    seea

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  2. Sempre me pergunto até que pontos devemos mergulhar em portas novas. Como o homem consegue viver sabendo das oportunidades que perdeu? Essa é uma das terríveis dores da existência, uma das que não tem cura. Não podemos percorrer todos os caminhos. Não podemos saber qual será o melhor caminho. Abrimos algumas portas, outras finjimos que não vimos, porque abdicar de cada uma delas é muito sofrido.

    Não acho que vivamos num corredor, sem abrir nenhuma porta. Nós fazemos escolhas, sim.

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