Calado da vida, fechado do
mundo
Cego, surdo e quase mudo
Desses que só põem a falar
quando há certeza
não terá resposta
pra escutar
É esperar
uma certeza que nunca se tem
;
E eu cansei de não fazer
por não saber
e de esperar
um tal momento certo pra dizer
porque ele
nunca
vem
;
Só sei que o que antes era peso
tenho feito em melodia
pra alegrar essa minha vida tardia
que eu bem queria
começasse
agora
Parando de ter
tido tudo
quebrando o
resto todo
que até
aqui
se foi guardando
de tralhas passadas
de portas fechadas
De pele morta
sobre ossos
frios
Tudo posto
a nú
;
Jaz aqui
um finado eu,
que não morreu
,
mas queria muito acreditar-se
renascido
Nenhum comentário:
Postar um comentário