20/08/2011

Até hoje, lá em casa

Calado da vida, fechado do
mundo
Cego, surdo e quase mudo

Desses que só põem a falar
quando há certeza
não terá resposta
pra escutar

É esperar
uma certeza que nunca se tem

;

E eu cansei de não fazer
por não saber

e de esperar
um tal momento certo pra dizer
porque ele
nunca
vem

;

Só sei que o que antes era peso
tenho feito em melodia
pra alegrar essa minha vida tardia
que eu bem queria
começasse
agora

Parando de ter
tido tudo

quebrando o
resto todo
que até
aqui
se foi guardando

de tralhas passadas
de portas fechadas

De pele morta
sobre ossos
frios

Tudo posto
a nú

;

Jaz aqui
um finado eu,
que não morreu
,
mas queria muito acreditar-se
renascido

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