Cá estou eu, finalmente. A idéia do blog já vinha se arquitetando há algum tempo, faltava mesmo era sentar e colocar em prática. Acho que cabe aqui uma apresentação, mas não vejo sentido em listar minha idade ou preferências pessoais; não é esse tipo de blog que quero. Limito-me a dizer que este é apenas um lugar para desenvolver, buscar e compartilhar a arte, à qual decidi me dedicar, mas que na minha cabeça ainda não está muito bem definida. Acima de tudo espero que seja algo que me motive a escrever. Em se tratando de blogs, nada muito fora dos padrões, creio eu.
Decidi por abrir a página com dois textos que me pareciam adequados a esse começo de jornada, por serem textos que tratam da relação do escritor com ele mesmo; do artista com sua arte. Tema, este, que tem sido uma constante em minhas reflexões acerca da produção artística e do mundo há algum tempo. Apesar do tom semelhante (se é que essa semelhança é tão óbvia quanto me parece) são assinados por autores bastante distintos: Borges, argentino do começo do século XX, e Gaiman, inglês ainda vivo. Ambos autores que, mesmo tendo sido descobertos por mim há pouco tempo, já fazem peso considerável na minha lista de leituras e influências. São autores cujas idéias, em seus pontos de encontro e em suas divergências, constantemente me propiciam a identificação que existe entre a arte e o observador, quando aquela trás elementos que a este parecem, desde o momento de sua revelação, tão íntimos, tão pessoais, como se lhe pertencessem desde sempre. Mas deixemos isto para um outro post.
Alguns esclarecimentos finais. O título do blog faz também referência a Borges. O Aleph, no conto de mesmo nome, é o ponto que contém todos os pontos do universo. O lugar onde estão todos os lugares, vistos de todos os ângulos, sem se confundirem ou se sobreporem. Não pretendo com o nome inferir a esta humilde página o fardo de conter todos os pontos do universo, mas talvez todas as influências, todas as conexões, todas as produções do meu universo artístico. O título deste post acompanha uma numeração, pois creio ser possível, e provável, que um dia eu queira dizer algo mais a respeito do blog: se nada é permanente, que dirá de uma página ainda tão indefinida como essa. Para manter aberta essa porta, dou o número, e crio a tag. Às epígrafes devo também, com o tempo, adicionar outros textos que julgue pertinentes.
Com isso espero que me mobilize a popular a página com algum conteúdo.
Até.
Museu dos que Já Foram
Há 2 anos
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