Sacro altar dependurado
Louva um mar não velejado
Sóbria ultima parede
Já não volve quarto algum
Dançam frestas d'universo
Fictício, e sem você
Nas lacunas de um vazio
Emoldurado, por preencher
E um lâmpido indivíduo
Duvidoso a cogitar
Se existe outra maneira
Umoutra forma de se amar
Galerias coloridas
Telas, fotos, poesia
Faz-se todo facetado
Ama o novo a cada dia
Multiplicam-se os estilos
Perde, imberbe, a unidade
E abandona o exercício
De amar-se em raridade
;
Cega e surda a me encarar
Olho tanto, e tao de perto
Que nao sei mais donde olhar
Exagero,
me acho e perco
Dando voltas sobre o tema
Dessa vida em Mi vivida
Restam notas
e um poema
Que querem dizer-me afinal
?
Sobre particulares perguntas e outras coisas...bom, talvez mais sobre outras coisas:
ResponderExcluir10-04-2011
Mente clara, mente intacta
Mente em mim, mas não declara
Sonhos cheios, sonhos plenos
Sobre o que anseio ou ainda menos
Memória persistente
Me conta algo ou ainda mente?
Se bem me lembro, foi ao vento.
Voou, mas desgostou
Por que insiste em lembrar do vôo
Quando dói o que tombou?
Estaria eu arrependida
Ou seria vício de me prender
A uma estória não vivida
Que pouco fez se entender
O que há em você que não veio de mim?
A não resposta faz-me assim.
[E me pergunto por que ainda sonho contigo.]