[e ainda assim terminarei em interrogação mal resolvida]
Os desvios necessários serão tomados, afim de evitar-se o conforto dos lugares já mapeados.
[e ainda assim nada de novo virá]
Arriscarei afirmar com convicção toda vez que vier-me a vontade de enevoar os contornos das definições ou de relativizar o peso dessa ou daquela interpretação.
[e ainda assim permanecerei intacto, como observador científico de mim]
Segue:
Não resta dúvida; é preciso matar o mensageiro.
O leitor ávido do mundo há muito tornou-se fuga. E da fuga fez em ofício pobre a arte de fazer versos.
Os versos lhe disseram tudo, já de início teve tudo resolvido.
Mas tomou desses caminhos típicos do mundo, e seguiu fazendo versos pra esquecer. Insistindo, ao sofredor que sempre foi, numa inviável sublimação pela inércia.
Foi covarde a vida inteira. Esperou sempre do mundo o ato que devia ser teu.
E ainda aos teus leitores fictícios, fez crer que havia luta, e real filosofia, nesse ato de esperar.
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Sede. Não existe nessas linhas mais que isso
Não resta dúvida; é preciso matar o mensageiro.
Mas como?
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