Fantástica farsa barroca
Simétrica fuga em Si
Pausa em semibreve
e põe a pensar com cuidado:
se escreve, esquece de ti
Te passa por todos os dias
Te enche, te cobra, esvazia
Não sabe se sabe ou se soube
se cabe, cabia, ou se ouve
Mas de fato ouve o quê?
Um prato, um copo
três lados opostos
Da vida só sabe o que lê
Existe pois vez mais cruel
que aquela que fala
do azul e do céu?
Que tanto cala
e esquece o que viu
Deixa o mundo passar
do outro lado de um rio
Barril, gentil, funil
eternamente suspenso
atrás de rima que caiba
que caia, sem cair
pra que outros possam ouvir
Queria é saber mais de mim
Poetas, poetas.
são mortos profetas
Não vivem em obras,
nem cantam mais cantos do agora
Vivem todos em mim
e me mata viver só eu e os mortos
Museu dos que Já Foram
Há 2 anos
além de tí e dos mortos tem também quem sempre vem aqui deixar um alô no ponto de encontro, mas nunca realmente encontra ninguém :)
ResponderExcluirsaudade, curti os versos.